sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Torre que rui

Já pensou que tudo o que parece desmoronar é, na verdade, a quebra de sua casquinha de proteção?
Te joga! Depois limpa os escombros.
O importante que a vida tem a ensinar é que é muito bom estar vivo, não anestesiado.

Conselho do dia: tá trincado? Cedo ou tarde racha. Deixa ruir. Vai que a próxima coisa a ser construída não sai até melhor?

Boa tarde.

sábado, 1 de setembro de 2012

Mote para um próximo texto

Bom, nao posso exigir seu amor. Mas posso tentar dar motivos pra vc descobrir como gostar de mim. -- Manjericão Abranda (@manjericaoabran)

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Marasmo ou egoísmo?

Com o coração cada vez mais afastado da sala de aula, escrevo sobre o novo ritmo de vida a que desejo me impulsionar.

Não é desabafo, não estou compartilhando. Como disse a mim mesma, escrevo porque é terapêutico.

Estou cansando de estudar, preparar material, estratégias e, quando me dirijo a uma sala de aula, encontro desinteresse, descaso, resistência em aprender, preguiça, incompreensão do papel que minha profissão tem para a cidade. Nem vou levar em consideração o mundo.

Não é a idade - alguém poderia me perguntar essa gracinha - nem os cabelos brancos, atualmente ultra-bem-disfarçados. O que eu acho que está me ocorrendo é a falta de tesão em trabalhar tendo que ensinar.

Pode me chamar de egoísta. Tô sim. E me sentindo cada vez mais sem necessidade de me desgastar para melhorar meu entorno. Eu penso que seja fase. Não sei quando há de passar.

Mas o mais interessante não é o desânimo que qualquer "ensinador" tem de vez em quando. O que me parece meio paradoxal, antitésico (neologismo? eu teria dito até "antitético") é que não me vejo ainda em outra profissão.

Gosto muito de me empenhar em aprender coisas novas. Logo, sou uma estudante de carteirinha, uma eterna aprendedora (valia aqui aprendiz, mas cansei da palavra, se você me permite). O natural é que eu repasse aquilo que sei, que aprendi, que estou aprendendo. O entrave aqui é: pra quê? A troco de que eu iria dividir o que eu aprendi? Só se fosse com quem quer. Neste momento, não me disponho a conquistar a atenção nem a despertar o interesse de criatura nenhuma.

Se você aí que leu este post(zinho) tiver alguma opinião, diga. Quem sabe movimente algo aqui dentro.

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Depilação... cilada Bino!‏

Caraca, isso aqui a minha amiga resgatou num blog antes de ele sair do ar e me mandou, em 2009. Não sei de quem é o texto original. Se você for @ autor@, por favor, me avise. :)


 Sente o drama de uma depilação...hihihi


x-x-x-x-x




"Tenta sim. Vai ficar lindo." 
Foi assim que decidi, por livre e espontânea pressão de amigas, me render à depilação na virilha. Falaram que eu ia me sentir dez quilos mais leve. Mas acho que pentelho não pesa tanto assim. Disseram que meu namorado ia amar, que eu nunca mais ia querer outra coisa. Eu imaginava que ia doer, porque elas ao menos me avisaram que isso aconteceria. Mas não esperava que por trás disso, e bota por trás nisso, havia toda uma indústria pornô-ginecológica-estética. 
- Oi, queria marcar depilação com a Penélope. 
- Vai depilar o quê? 
- Virilha. 
- Normal ou cavada? 
Parei aí. Eu lá sabia o que seria uma virilha cavada. Mas já que era pra fazer, quis fazer direito. 
- Cavada mesmo. 
- Amanhã, às... deixa eu ver...13h? 
- Ok. Marcado. 
Chegou o dia em que perderia dez quilos. Almocei coisas leves, porque sabia lá o que me esperava, coloquei roupas bonitas, assim, pra ficar chique.
Escolhi uma calcinha apresentável. E lá fui. Assim que cheguei, Penélope estava esperando. Moça alta, mulata, bonitona. Oba, vou ficar que nem ela, legal. Pediu que eu a seguisse até o local onde o ritual seria realizado. 
Saímos da sala de espera e logo entrei num longo corredor. De um lado a parede e do outro, várias cortinas brancas. Por trás delas ouvia gemidos, gritos, conversas. Uma mistura de Calígula com O Albergue. Já senti um frio na barriga ali mesmo, sem desabotoar nem um botão. Eis que chegamos ao nosso cantinho: uma maca, cercada de cortinas. 
- Querida, pode deitar. 
Tirei a calça e, timidamente, fiquei lá estirada de calcinha na maca. 
Mas a Penélope mal olhou pra mim. Virou de costas e ficou de frente pra uma mesinha. Ali estavam os aparelhos de tortura. Vi coisas estranhas. Uma panela, uma máquina de cortar cabelo, uma pinça. Meu Deus, era O Albergue mesmo. De repente ela vem com um barbante na mão. Fingi que era natural e sabia o que ela faria com aquilo, mas fiquei surpresa quando ela passou a cordinha pelas laterais da calcinha e a amarrou bem forte. 
- Quer bem cavada? 
- ...é... é, isso. 
Penélope então deixou a calcinha tampando apenas uma fina faixa da Abigail, nome carinhoso de meu órgão, esqueci de apresentar antes. 
- Os pêlos estão altos demais. Vou cortar um pouco senão vai doer mais ainda. 
- Ah, sim, claro. 
Claro nada, não entendia porra nenhuma do que ela fazia. Mas confiei. De repente, ela volta da mesinha de tortura com uma espátula melada de um líquido viscoso e quente (via pela fumaça). 
- Pode abrir as pernas. 
- Assim? 
- Não, querida. Que nem borboleta, sabe? Dobra os joelhos e depois joga cada perna pra um lado. 
- Arreganhada, né? 
Ela riu. Que situação. E então, Pê passou a primeira camada de cera quente em minha virilha virgem. Gostoso, quentinho, agradável. Até a hora de puxar.
Foi rápido e fatal. Achei que toda a pele de meu corpo tivesse saído, que apenas minha ossada havia sobrado na maca. Não tive coragem de olhar. Achei que havia sangue jorrando até o teto. Até procurei minha bolsa com os olhos, já cogitando a possibilidade de ligar para o Samu. Tudo isso buscando me concentrar em minha expressão, para fingir que era tudo supernatural. 
Penélope perguntou se estava tudo bem quando me notou roxa. Eu havia esquecido de respirar. Tinha medo de que doesse mais.
- Tudo ótimo. E você? 
Ela riu de novo como quem pensa "que garota estranha". Mas deve ter aprendido a ser simpática para manter clientes. 
O processo medieval continuou. A cada puxada eu tinha vontade de espancar Penélope. Lembrava de minhas amigas recomendando a depilação e imaginava que era tudo uma grande sacanagem, só pra me fazer sofrer. Todas recomendam a todos porque se cansam de sofrer sozinhas. 
- Quer que tire dos lábios? 
- Não, eu quero só virilha, bigode não. 
- Não, querida, os lábios dela aqui ó. 
Não, não, pára tudo. Depilar os tais grandes lábios? Putz, que idéia. 
Mas topei. Quem está na maca tem que se fuder mesmo. 
- Ah, arranca aí. Faz isso valer a pena, por favor. 
Não bastasse minha condição, a depiladora do lado invade o cafofinho de Penélope e dá uma conferida na Abigail. 
- Olha, tá ficando linda essa depilação. 
- Menina, mas tá cheio de encravado aqui. Olha de perto. 
Se tivesse sobrado algum pentelhinho, ele teria balançado com a respiração das duas. Estavam bem perto dali. Cerrei os olhos e pedi que fosse um pesadelo. "Me leva daqui, Deus, me teletransporta". Só voltei à terra quando entre uns blábláblás ouvi a palavra pinça. 
- Vou dar uma pinçada aqui porque ficaram um pelinhos, tá? 
- Pode pinçar, tá tudo dormente mesmo, tô sentindo nada. 
Estava enganada. Senti cada picadinha daquela pinça filha da mãe arrancar cabelinhos resistentes da pele já dolorida. E quis matá-la. Mas mal sabia que o motivo para isso ainda estava por vir. 
- Vamos ficar de lado agora? 
- Hein? 
- Deitar de lado pra fazer a parte cavada. 
Pior não podia ficar. Obedeci à Penélope. Deitei de ladinho e fiquei esperando novas ordens. 
- Segura sua bunda aqui? 
- Hein? 
- Essa banda aqui de cima, puxa ela pra afastar da outra banda. 
Tive vontade de chorar. Eu não podia ver o que Pê via. Mas ela estava de cara para ele, o olho que nada vê. Quantos haviam visto, à luz do dia, aquela cena? Nem minha ginecologista. Quis chorar, gritar, peidar na cara dela, como se pudesse envenená-la. Fiquei pensando nela acordando à noite com um pesadelo. O marido perguntaria: 
- Tudo bem, Pê? 
- Sim... sonhei de novo com o cu de uma cliente. 
Mas de repente fui novamente trazida para a realidade. Senti o aconchego falso da cera quente besuntando meu tuin peaks. Não sabia se ficava com mais medo da puxada ou com vergonha da situação. Sei que ela deve ver mil cus por dia. Aliás, isso até alivia minha situação. Por que ela lembraria justamente do meu entre tantos? E aí me veio o pensamento: peraí, mas tem cabelo lá? 
Fui impedida de desfiar o questionamento. Pê puxou a cera. Achei que a bunda tivesse ido toda embora. Num puxão só, Pê arrancou qualquer coisa que tivesse ali. Com certeza não havia nem uma preguinha pra contar a história mais. Mordia o travesseiro e grunhia ao mesmo tempo. Sons guturais, xingamentos, preces, tudo junto. 
- Vira agora do outro lado. 
Porra.. por que não arrancou tudo de uma vez? Virei e segurei novamente a bandinha. E então, piora. A broaca da salinha do lado novamente abre a cortina. 
- Penélope, empresta um chumaço de algodão? 
Apenas uma lágrima solitária escorreu de meus olhos. Era dor demais, vergonha demais. Aquilo não fazia sentido. Estava me depilando pra quem? 
Ninguém ia ver o tobinha tão de perto daquele jeito. Só mesmo Penélope. E agora a vizinha inconveniente. 
- Terminamos. Pode virar que vou passar maquininha. 
- Máquina de quê?! 
- Pra deixar ela com o pêlo baixinho, que nem campo de futebol. 
- Dói? 
- Dói nada. 
- Tá, passa essa merda... 
- Baixa a calcinha, por favor. 
Foram dois segundos de choque extremo. Baixe a calcinha, como alguém fala isso sem antes pegar no peitinho? Mas o choque foi substituído por uma total redenção. Ela viu tudo, da perereca ao cu. O que seria baixar a calcinha? E essa parte não doeu mesmo, foi até bem agradável. 
- Prontinha. Posso passar um talco? 
- Pode, vai lá, deixa a bicha grisalha. 
- Tá linda! Pode namorar muito agora. 
Namorar...namorar... eu estava com sede de vingança. Admito que o resultado é bonito, lisinho, sedoso. Mas doía e incomodava demais. Queria matar minhas amigas. Queria virar feminista, morrer peluda, protestar contra isso. Queria fazer passeatas, criar uma lei antidepilação cavada. 
Queria comprar o domínio preserveasxaninhaspeludas.com.br 

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Ai, se eu te pego - Que grosso! - Manifestação

Caro Michel Teló,

Sei que no Brasil a Constituição nos garante o direito de expressão, afinal, todos podemos expressar a opinião.

Também sei que no nosso país, bem como em vários pontos do mundo, a mídia promove de tudo, especialmente o pior em cultura. É  incrível o gosto da audiência.

Não que eu seja mais uma das pessoas que dizem que sua música é pura bobagem, que a letra não acrescenta nada. Ela não é bem o meu gosto, admito. Apesar disso, devo reconhecer que você teve a tal “sacada popular”.

Então, cara, devido ao teu grande sucesso, se eu tiver o direito e a oportunidade de te dar um pitaco, faz da tua visibilidade algo mais educativo. Sério, procura ser mais útil pra sociedade.

Eu fico com vergonha (pudor mesmo) de ver as crianças, meninos e meninas, e adolescentes fazendo coro e dancinha bem sensual, por aí. Pior de tudo é que tá virando cantada esse teu refrão. Cantada de sexo, não de galanteio.  Você tá dizendo assim: “Eu te quero pra te comer.” E é só. Como um bom baladeiro faz.

Eu acho meio difícil acreditar que pais queiram que seus filhos sejam dessa maneira. Eu não tenho filha, mas eu sou mulher, e achei bem grosseiro esse jeito de abordar alguém. Não é “Boa noite, flor!” É: “Tô tarado e te quero pra despejar meu tesão.” Ponto.
Caramba, é isso mesmo. E a menina tem que ouvir uma dessas. Eu tenho que ouvir uma m***a dessas.

Portanto, te toca e cria algo mais gentil de se dizer, senão tu corres o risco de uma mais bruta (feito eu) te dar uma resposta atrevida e tão grosseira (ou até mais) e até em público. Uma situação de cortiço, bem queima-filme mesmo.

Resposta ao Grosso Baladeiro

Sábado
Na balada
Com a galera eu saí pra dançar
De repente aparece um menino
Disse bobagem
Aí tive que falar:

Idiota! Idiota!
Cantada mais barata
Se tu me encostas
Eu (eu) te esbofeto

Mas ele
Não se tocava
Insistia
Em vir me abraçar
Afirmou que queria beijinho
Dei-lhe dedo .|.
E tornei a falar:

Nossa! Nossa!
Mas como tu és babaca
Que o diabo te carregue
Vai pro diabo que o carregue!


Viu? Tua grosseria pode gerar mais grosseria. Faz algo gentil na próxima.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Sabe por que eu criei um blog?

Você sabe por que as pessoas criam um blog? Sabe por que eu criei um blog?

Já estou no 3º, mas nenhum dos anteriores passou de meia dúzia de posts.

Tem gente que escreve no blog textos enormes, über-úteis, narrando notícias, fatos de suas cidades, tecendo críticas a políticos, de políticos, de governo, manifestos, convidando à e insuflando a revolução.

Há quem publique seus dotes culinários, artesanais, toda sorte de trabalhos manuais.

Quem se preocupa com a beleza e o bem-estar repassa minuciosamente mil dicas de conservar a beleza, reganhá-la e sentir-se bem com ela depois de conquistada. É, porque é realmente difícil fazer a manutenção.

Eu já percebi que textos longos não estão sendo o meu forte. Escrevo porque brota. Se brotou, tá brotado. Não tenho mais muita disposição para perder meio dia/ dia inteiro diante da telinha pesquisando, pescando, lendo e me inspirando para fazer dissertações, teses, tratados e tomos (muito enumerativa essa garota: Modo Gradação e Clímax [ON]). Aí eu pego a matéria-prima e repasso. Como?

Normalmente, eu escreveria uma notinha numa caderneta qualquer e me esqueceria de tudo aquilo depois, um depois bem breve, afinal a vida tem pisado no acelerador. Mas minha amiga do coração me disse que eu poderia partilhar. – Pausa para pensar: egoísta que eu sou. Converso tanto sobre tanta coisa legal e nem divido. Fim da pausa. –

Daí eu escolher o gênero dinâmico, leve e coloquial da Crônica. Pintou assunto? Crônica. É só pro dia a dia? Crônica. Serve como querido diário? Só às vezes. Crônica. É pra desabafar? Dá pra jogar na Crônica também. E o veículo? Blog é legal. Gostei. Aí, para frases curtas, Twitter. Tem dias em que tudo se resume a 160 caracteres. Bem a gosto dos telegramas. E vou deixar a cadernetinha, o pedaço de papel, a contracapa do livro a lápis? Não. Só decidi ampliar meu veículo de comunicação. E aprender a dividir. Tem gente que pode gostar.

Voilà.

Por isso que eu digo que escrever é terapêutico. É que nem manjericão. Eu poderia ter escolhido a camomila ou a lavanda. Preferi o manjericão – porque abranda.

domingo, 8 de janeiro de 2012

Meu gatinho

"Faz três noites que eu não durmo, ô-lá-lá
Pois perdi o meu galinho, ô-lá-lá
Pobrezinho, ô-lá-lá
Coitadinho, ô-lá-lá
Ele faz Qui-ri-qui-qui."

Dormi mal esta noite. Sozinha em casa (mas com Deus velando de cima), quem dorme comigo no quarto é o meu chane Ataulfo. Mas ontem à noite, nada d'ele aparecer.
Sei que gatos às vezes vão pra rua, brincar de namorar. Mas 'Taulfo não costuma passar a noite inteira sem dar as caras - ou os bigodes. Só que ele não deu.
Hoje pela manhã, meu querido chega bem cedo. Ao abrir-lhe a porta ouvimos o miado incessante. Que bom, ele está por perto! Aí que fomos entender...

O meu chaninho tava preso no quarto da frente. A porta foi fechada ainda de tarde. Ele não fez barulho algum, por isso não o percebemos.
Tadinho. Ao abrir a porta, ele miava reclamando de fome. Correu pra comer. E precisei pôr mais do que o habitual. E tomou água. Bastante.

Agora deitou-se sob a rede no meu quarto, de onde estou postando. Dorme como um anjo. E eu tô feliz de ele ter "voltado". <3

sábado, 7 de janeiro de 2012

Na praia, quinta-feira

Para alegrar o coração, sentir a alma leve, manter a mente aberta e o espírito livre: praia.
Para vencer desânimo, tristeza, raiva, depressão: praia.
Para ficar em forma, ganhar disposição, encher-se de energia: praia.

Mas, como?

















(Fotos tiradas por Mim Mesma na quinta-feira, dia 5 de janeiro de 2012, com meu MP4 FalSony)

Perto da praça de alimentação não tem uma pontezinha? Tem, né? E não tem um riachinho que deságua na praia, num é? Ah, tá, já sei! Pois éééé...! É que a água tava assim pretinha da silva sauro.
Gente, ajudem essa amiga online que não sabe pra onde enviar essas fotos, pra que 'otoridade' fazer apelo. Orientem-me! Poxa, eu sou assídua frequentadora da Avenida Litorânea de São Luís do MA, adoro caminhar, sentir a brisa, meter os pés n'água. Mas assim não dá. Micose, sei-lá-mais-o-quê...o que é que se vai ganhar de brinde? E o turista que vier aqui? É isso que ele vai levar de souvenir?